Os colectores devem situar-se de tal forma, que durante o período anual de utilização aproveitem ao máximo a radiação solar disponível.
Devem ser orientados a SUL geográfico, não coincidente com o sul magnético definido pela bússola, já que em Portugal o Norte geográfico está cerca de 5º para a direita do Norte magnético.
O Sul geográfico pode também determinar-se pela direcção da sombra projetada por uma vara às 12 horas solares.
Desvios até 20º não afectam significativamente o rendimento e a energia térmica captada pelo colector.
Se desviarmos o colector para o Este, adiantamos o período diário de captação (1 hora por cada 15º de desvio), referente a um equipamento orientado a Sul geográfico.
Se o desviarmos para o Oeste, o período diário de captação atrasar-se-á na mesma porção, mas com um ligeiro acréscimo no rendimento, pelo facto de funcionar mais tempo durante as horas em que a temperatura ambiente é mais elevada. Portanto, tentaremos que a radiação solar incide perpendicularmente à superfície do colector durante o meio dia solar do dia habitual da época de utilização do equipamento, o que nos obrigará a orientá-lo para o equador, isto é, da maneira que a sua sombra, ao meio-dia, siga a direção do meridiano, sendo válido este sistema para ambos os hemisférios.
Variações de 10º relativamente ao ângulo de inclinação óptimo não afectam práticamente o rendimento e a energia térmica útil fornecida pelo equipamento solar.
Desvios de orientação e inclinação superiores aos descritos devem compensar-se com uma maior superfície de colectores.
Se o desvio for inferior, não irá provocar perdas significativas.