Manutenção

 
Os sistemas solares térmicos necessitam de muito pouca manutenção, uma verificação regular é no entanto recomendada.
O trabalho de manutenção deve ser feito em intervalos não superiores a 2 anos, se possível num dia seco e de Sol . Durante o decorrer da manutenção deve avaliar-se o nível de satisfação dos utilizadores. O trabalho de manutenção deve consistir na elaboração de um relatório com os seguintes detalhes:
 
Inspecção visual
 
A inspecção visual envolve a verificação de alterações visíveis nos colectores e no circuito solar:
 
- colectores: contaminação, suportes de fixação, ligações, falhas, vidro partido, degradação de vidros/tubos;
- circuito solar e termoacumulador: tensão do isolamento térmico, falhas, verificação/limpeza de sujidade, pressão.
 
Verificação da protecção contra congelamento
 
A protecção contra congelamento é verificada com um densímetro (instrumento para medir densidade).
Para este propósito, uma dada quantidade de fluído térmico é recolhido. Com essa amostra, pode ser medida a temperatura de congelamento específica ou a densidade especifica do fluído. A densidade específica permite saber o ponto de congelamento do fluído através do diagrama de concentração/densidade.
 
Verificação da protecção contra corrosão
 
Circuito solar
A verificação da protecção contra a corrosão do fluído térmico é efectuada indirectamente através do estabelecimento do valor de pH. A utilização de fitas de pH são apropriadas para este objectivo. Se o valor de pH estiver abaixo do valor original e abaixo de 7, a mistura água/glicol deve ser substituída.
 
Termoacumulador
 
Tem de se testar o estado do ânodo de magnésio, através de medição da corrente eléctrica entre o cabo e o ânodo com um amperímetro, caso o seu desgaste não seja evidente. Acima de 0,5 mA não é necessário mudar o ânodo. Se houver uma corrente parasita no ânodo, a verificação de corrosão é reduzida à verificação do estado do LED verde (quando existe).
 
Verifica-se ainda muito em Portugal, o desconhecimento da existência deste ânodo de sacrifício, por parte de alguns instaladores sem formação técnica. Este elemento é de vital importância na conservação do termoacumulador e a sua substituição ocorre com intervalos de tempo, relacionados com a qualidade da água. Independentemente disso, devem ser verificados no máximo a cada 2 anos.

 

Protecção contra a congelação e ebulição

 

Esta protecção é muito importante se se levar em conta os prejuízos que podem ocasionar estes fenómenos, não só a instalação, mas em alguns casos no próprio imóvel em virtude de fugas de agua que podem provocar.
Para eleminar o risco de congelação é preciso dotar as instalações da protecção necessária, inclusivamente no caso de ausencia de energias complementares como a electricidade.
A ebulição, se bem que menos frequente e perigosa para a instalação, apresenta também alguns problemas dignos de consideração.
Durante a noite as instalações solares estão paradas uma vez que os colectores não recebem nenhuma energia. Estão expostos a congelação durante o inverno, sendo aconselhável tomar precauções para evitar a sua deterioração. O método mais frequentemente utilizado é a utilização de anti-congelante.
As subidas de temperatura excessivas podem ocorrer nas instalações que estão fora de serviço, seja temporal ou permanente como durante o verão, ou quando uma ausencia temporal de utilização suprime toda a extracção de água quente. Se o fluído utilizado é a água, com ou sem anti-congelante, os riscos de ebulição ou de sobrepressão do circuíto são reais e as preocupações a tomar para evitar as suas consequencias devem ser analisadas. O risco situa-se principalmente nos colectores e nos depósitos de água (termoacumuladores).
Quando a temperatura sobe nos colectores e há expansão do fluído, deverá haver pontos de descarga da água ou do vapor produzidos como forma de aliviar as pressões criadas. Para isso são introduzidos no sistema mecanismos de segurança (válvulas de segurança, vasos de expansão, purgadores).

Para além dos mecanismos de segurança, existem outras técnicas que se poderão aplicar para evitar os perigos de sobrepressão:

  • Usar um fluído organico com um ponto de ebulição elevado em vez de água, ou da mistura anti-congelante
  • Construír um circuito capaz de resistir a pressão máxima previsível
  • Limitar a pressão por uso de válvulas de descarga
  • Evitar que os colectores recebam a totalidade do fluxo solar durante as horas de maior radiação no verão, ou pela alteração     da inclinação ou pelo sombreamento parcial do colector 
  •  

O sobre-aquecimento e a consequente sobrepressão, podem causar danos também no armazenamento da água. A temperatura da ebulição da água será em função da pressão a que se encontra. No caso da distribyição de AQS directamente ligada a rede pública, a pressão é em geral de 2 a 5 bar (200 a 500 kPa).

Depois de experiencias feitas com colectores clássicos, parece que o risco de ebulição de um depósito de água quente não apresenta riscos, mesmo sem extracção regular de água quente, quando o volume do armazenamento é superior a 50l por cada m2 de superfície colectora. Contudo, a aparição de colectores com mais rendimento pode levar a um aumento deste risco.

Manutenção num sistema de termossifão

energia-solar-térmica-tisst

Este site tem o patrocínio da empresa de segurança

AV-Alarmes e Videovigilância, Lda.

Conheça os novos sistemas de vigilância a energia solar.

© 2023 tisst.net -Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por Webnode